quinta-feira, 27 de outubro de 2016

Atividade 3° ano - Os Sertões - 31/10 à 4/11


Texto I
Então, a travessia das veredas sertanejas é mais exaustiva que a de uma estepe nua.
Nesta, ao menos, o viajante tem o desafogo de um horizonte largo e a perspectiva das planuras francas.
Ao passo que a caatinga o afoga; abrevia-lhe o olhar; agride-o e estonteia-o; enlaça-o na trama espinescente e não o atrai; repulsa-o com as folhas urticantes, com o espinho, com os gravetos estalados em lanças; e desdobra-se-lhe na frente léguas e léguas, imutável no aspecto desolado: árvores sem folhas, de galhos estorcidos e secos, revoltos, entrecruzados, apontando rijamente no espaço ou estirando-se flexuosos pelo solo, lembrando um bracejar imenso, de tortura, da flora agonizante . . .
Texto II
O sertanejo é, antes de tudo, um forte. Não tem o raquitismo exaustivo dos mestiços neurastênicos do litoral.A sua aparência, entretanto, ao primeiro lance de vista, revela o contrário. Falta-lhe a plástica impecável, o desempeno, a estrutura corretíssima das organizações atléticas.
[...]
Este contraste impõe-se ao mais leve exame. Revela-se a todo o momento, em todos os pormenores da vida sertaneja -- caracterizado sempre pela intercadência impressionadora entre extremos impulsos e apatias longas.
Texto III
Decididamente era indispensável que a campanha de canudos tivesse objetivo superior à função estúpida e bem pouco gloriosa de destruir um povoado dos sertões. Havia um inimigo mais sério a combater, em guerra mais demorada e digna. Toda aquela campanha seria um crime inútil e bárbaro, se não se aproveitassem os caminhos abertos à artilharia para uma propaganda tenaz, continua e persistente, visando trazer para o nosso tempo e incorporar à nossa existência aqueles rudes compatriotas retardatários. [...]
Canudos não se rendeu.
Fechemos este livro.
Canudos não se rendeu. Exemplo único em toda a história, resistiu até ao esgotamento completo. Expugnado palmo a palmo, na precisão integral do termo, caiu no dia 5, ao entardecer, quando caíram os seus últimos defensores, que todos morreram. Eram quatro apenas: um velho, dois homens feitos e uma criança, na frente dos quais rugiam raivosamente 5 mil soldados.
( Fragmentos da obra Os Sertões de Euclides da Cunha, São paulo: Círculo do Livro, 1975)


  1. De acordo o texto I, como é a natureza no lugar onde vive o sertanejo? Ela se mostra acolhedora ao homem?
  2. O texto II, ao descrever o sertanejo, apresenta como contraditória certos aspectos de sua constituição física e seu comportamento. Comente essa contradição.
  3. No 1º parágrafo do texto III, o autor crítica a guerra em si e afirma que outra “guerra mais demorada e digna” deveria ser travada. Qual é essa guerra?
  4. Identifique no texto II um trecho que comprove a influência de teorias raciais existente no começo do século XX.

Atividade 1° e 2° Ano - 31/10 a 4/11 Texto - Papos (Luis Fernando Veríssimo)


- Me disseram...
- Disseram-me.
- Hein?
- O correto e "disseram-me". Não "me disseram".
- Eu falo como quero. E te digo mais... Ou é "digo-te"? - O quê?
- Digo-te que você...
- O "te" e o "você" não combinam.
- Lhe digo?
- Também não. O que você ia me dizer?
- Que você está sendo grosseiro, pedante e chato. E que eu vou te partir a
cara. Lhe partir a cara. Partir a sua cara. Como é que se diz?
- Partir-te a cara.
- Pois é. Parti-la hei de, se você não parar de me corrigir. Ou corrigir-me.
- É para o seu bem.
- Dispenso as suas correções. Vê se esquece-me. Falo como bem entender.
Mais uma correção e eu...
- O quê?
- O mato.
- Que mato?
- Mato-o. Mato-lhe. Mato você. Matar-lhe-ei-te. Ouviu bem?
- Pois esqueça-o e pára-te. Pronome no lugar certo e elitismo!
- Se você prefere falar errado...
- Falo como todo mundo fala. O importante é me entenderem. Ou
entenderem-me?
- No caso... não sei.
- Ah, não sabe? Não o sabes? Sabes-lo não?
- Esquece.
- Não. Como "esquece"? Você prefere falar errado? E o certo é "esquece" ou
"esqueça"? Ilumine-me. Me diga. Ensines-lo-me, vamos.
- Depende.
- Depende. Perfeito. Não o sabes. Ensinar-me-lo-ias se o soubesses, mas não
sabes-o.
- Está bem, está bem. Desculpe. Fale como quiser.
- Agradeço-lhe a permissão para falar errado que mas dás. Mas não posso
mais dizer-lo-te o que dizer-te-ia.
- Por que?
- Porque, com todo este papo, esqueci-lo.
(Luis Fernando Veríssimo)

1. O que dá início à discussão entre as personagens?


2. Por que a forma lhe digo também não foi aprovada?


3. A forma matar-lhe-ei-te não existe em português. Pesquise por que e surgira uma nova forma.


4. Qual é o argumento que uma personagem usa para corrigir a outra?


POSSÍVEIS TEMAS DE REDAÇÃO PARA O ENEM 2016 -- LEIA COM ATENÇÃO --

Possíveis Temas de Redação para o ENEM 2016

O tema da redação do ENEM é escolhido em meio a assuntos que são abordados no nosso cotidiano. Acontecimentos políticos, sociais, ambientais e culturais do Brasil e do mundo podem ser temas da prova do exame.
Alguns assuntos são mais prováveis, devido a sua grande repercussão política ou por fazerem parte das discussões feitas pela sociedade.
A falta de água
Pode ser um possível tema já que este problema faz parte há mais de um ano da vida dos moradores do sudeste e persiste há mais de um século no cotidiano de nordestinos. A prova pode solicitar que o assunto seja discutido sobre esse viés, questionando as políticas de públicas de combate à seca e o comportamento da população para evitar a falta d’água.
A falta de recursos hídricos
É a crise do setor energético que está impactando no aumento da conta de energia e, por consequência, no setor comercial, industrial e na própria residência das pessoas. A prova pode pedir para o estudante relacionar a falta de recursos, as questões políticas nessa crise e a solução para a geração de energia, principalmente, uma energia que impacte menos no meio ambiente.
As manifestações políticas
Que estão acontecendo nas ruas, mas que participaram das redes sociais, como essas ferramentas de comunicação e interação “virtual” estão despertando o interesse político e levando às pessoas as ruas. É interessante falar sobre a potencialidade da ferramenta na comunicação das pessoas, no debate de assuntos e de levar a informação ao público. Também é possível falar sobre a confiabilidade do que passa pelas redes sociais, pois nem sempre as informações são corretas.
A mobilidade urbana
É um problema que afeta vários países no mundo, praticamente todas as cidades grandes, principalmente, do Brasil sofrem com o excesso de carros particulares, poucas linhas de transporte público e falta de incentivo de transportes alternativos, como as bicicletas. A prova pode pedir ao estudante indicar alternativas para melhorar a mobilidade urbana e falar sobre o conflito entre os diferentes públicos que utilizam as vias de trânsito, como o pedestre, o ciclista, o motociclista e o motorista de carro.
Preconceito racial
Que alguns atletas ainda sofrem no meio esportivo, principalmente, em relação às torcidas que, em momentos de fúria, xingam jogadores com palavras preconceituosas, além de qualquer outra forma de preconceito racial, também pode ser um tema da redação do ENEM 2016.
O conceito da família
Deste século, com o objetivo de debater sobre a adoção de crianças por casais homossexuais e sobre a nova norma na guarda compartilhada de crianças, quando os pais se divorciam.
Dengue, Zica e Chikungunya
O tema pode pedir para falar dos novos casos das doenças, das campanhas de combate e sobre a conscientização da população. Os crescentes casos de microcefalia, que ainda não tem sua ligação comprovada com a transmissão do mosquito aedes aegypti.
As campanhas de vacinação
Principalmente contra o Sarampo e o HPV, para meninas de até 13 anos de idade. Um assunto batido, mas que o estudante deve estar sempre preparado é sobre os problemas no Sistema Único de Saúde (SUS) como falta de médicos, atrasos, grandes filas de espera e falta de equipamentos, além do Programa Mais Médicos.
A sustentabilidade de empresas e o aquecimento global
São assuntos comuns nessa área. Mas, no Brasil, a Política Nacional de Resíduos Sólidos é um tema que agora está sendo muito debatido nos municípios do país. Então é importante saber sobre o que é essa política, o dever dos governos municipais e como a população pode cobrar a coleta seletiva.
Intolerância religiosa
O ataque à revista Charlie Habdo pode exemplificar o tema. Mas muito mais do que um caso isolado, a intolerância religiosa é grande tanto no Brasil como em outros países. Ao debater esse tema, precisamos lembrar da laicidade do Estado e do respeito aos diferentes tipos de crenças e rituais religiosos, podendo destacar, no caso do Brasil, o grande preconceito existente com religiões de origem africana.
Justiça com as próprias mãos
Tema bastante polêmico em 2014 e que pode ser discutido com mais imparcialidade esse ano. O combate à violência através da justiça com as próprias mãos é válido? Definições de justiça, casos de linchamentos, rebeldia com a ordem e segurança públicas são alguns pontos que abordam essa temática.
Corrupção na Petrobras
O tema mais recorrente na mídia nos últimos meses é perfeitamente possível cair na redação do ENEM. Desde as primeiras etapas da Operação Lava-Jato a mais de dois anos, está praticamente todos os dias nos noticiários. É um assunto muito polêmico, pois envolve nomes da política e de grandes empresas e gerou o estopim nas manifestações contra e a favor do atual governo brasileiro.

Desigualdade étnica e de gênero

O Brasil é um dos países com maior desigualdade do mundo e entre muitos tipos de desigualdade, a étnica e a de gênero costumam ser as mais discutidas, assim como os preconceitos gerados por essa situação, respectivamente, racismo e machismo. Os direitos conquistados, as lutas e reivindicações e as políticas públicas são alguns pontos que merecem ser estudados para entender a causa e argumentar com clareza.

Liberdade de expressão e mídia

Tema bastante atual, a liberdade de imprensa tem sido muito discutida, principalmente após o ataque à revista francesa Charlie Hebdo em 2015. Pode-se refletir sobre os limites entre liberdade de expressão e respeito às diferenças ou respeito à verdade.

Limites entre estética e saúde

Academia, dietas, cirurgias plásticas, anabolizantes etc. É grande a busca pelo corpo perfeito caracterizado por um padrão de beleza. Mas até que ponto a estética coincide com hábitos saudáveis? Conhecem-se muitas doenças causadas por insatisfação corporal como anorexia, bulimia, depressão, compulsão alimentar e obesidade, além de consequências no convívio social como discriminação e baixa autoestima.

Escândalo e corrupção na FIFA

Recentemente foi divulgada a prisão de diversas pessoas ligadas a FIFA e a esquemas de corrupção, na copa que foi realizada no Brasil e nas duas próximas. É bom ficar atento(a) a isso!

Consumo de álcool e droga por adolescentes


Por lei, o consumo de álcool é proibido por adolescentes. Entretanto, é crescente o uso não só de bebidas alcoólicas, mas também de drogas lícitas e/ou ilícitas entre os jovens, como cigarro, maconha, cocaína, LSD etc. As razões e consequências desse ato podem servir como base para a discussão do tema.

quinta-feira, 20 de outubro de 2016

Mais uma dádiva de nossa colega Ketly do 9°B ... não vale nota, mas é leitura para se admirar !!!

Filho?

Eu até concebi um  filho um dia.
Porém ele já se foi há muito tempo.
Tempo o bastante para não me lembrar.
De como era a maciez de sua pele.
Tampouco seu sorriso.
Eu não me lembro do seu cheiro.
Nem mesmo a cor de seus olhos.
Não me lembro do hospital.
Nem o que fez isso ser tão fatal.
Eu não me lembro quem deu a noticia.
Nem mesmo sei como fui para casa.
Eu não sei por que não me levaram.
Quando te enterraram.
Eu realmente não lembro.
De como foi ter um neném.
Eu só me lembro da dor.
A dor que me agonizava.
A dor que nunca me deixava.
Nem mesmo dormir.
Depois daquele dia.
Não voltei ao trabalho.
Tampouco fui para casa.
Naquele dia.
Eu simplesmente...
Parti.


Ketly G. B. Hettwer 

quinta-feira, 13 de outubro de 2016

Atividade de Interpretação 1° Ano - 17/10 à 21/10 - A Miséria é de Todos Nós

EDITORIAL

A MISÉRIA É DE TODOS NÓS

Como entender a resistência da miséria no Brasil, uma chaga social que remonta aos primórdios da colonização? No decorrer das últimas décadas, enquanto a miséria se mantinha mais ou menos do mesmo tamanho, todos os indicadores sociais brasileiros melhoraram. Há mais crianças em idade escolar frequentando aulas atualmente do que em qualquer outro período da nossa história. As taxas de analfabetismo e mortalidade infantil também são as menores desde que se passou a registrá-las nacionalmente. O Brasil figura entre as dez nações de economia mais forte do mundo. No campo diplomático, começa a exercitar seus músculos. Vem firmando uma positiva liderança política regional na América Latina, ao mesmo tempo em que atrai a simpatia do Terceiro Mundo por ter se tornado um forte oponente das injustas políticas de comércio dos países ricos.
Apesar de todos esses avanços, a miséria resiste.
Embora em algumas de suas ocorrências, especialmente na zona rural, esteja confinada a bolsões invisíveis aos olhos dos brasileiros mais bem posicionados na escala social, a miséria é onipresente. Nas grandes cidades, com aterrorizante freqüência, ela atravessa o fosso social profundo e se manifesta de forma violenta. A mais assustadora dessas manifestações é a criminalidade, que, se não tem na pobreza sua única causa, certamente em razão dela se tornou mais disseminada e cruel. Explicar a resistência da pobreza extrema entre milhões de habitantes não é uma empreitada simples.

José Carlos Marques, diretor editorial. Veja, ed. 1735. 22/10/2008. Ano 31.

QUESTÃO 01 - Assunto: Editorial

Marque a opção que JUSTIFIQUE o título dado ao texto: “A miséria é de todos nós”.

a) A miséria abrange grande parte de nossa população.
b) A miséria é culpa da classe dominada.
c) Todos os governantes colaboraram para a miséria comum.
d) A miséria deve ser preocupação de todos nós.

QUESTÃO 02 - Assunto: Tese e Argumentação.

Releia a primeira pergunta:

“Como entender a resistência da miséria no Brasil, uma chaga social que remonta aos primórdios da colonização?”

Sobre esse questionamento pode-se AFIRMAR que

a) tem sua resposta dada no último parágrafo.
b) representa o tema central de todo o texto.
c) é só uma motivação para a leitura do texto.
d) é uma pergunta vazia, à qual não cabe resposta.

QUESTÃO 03 - Assunto: Relação de causa e conseqüência e relação de sentido.

Após a leitura do texto, só NÃO se pode AFIRMAR que a miséria no Brasil

a) é culpa dos governos recentes, apesar de seu trabalho produtivo em outras áreas.
b) tem manifestações violentas, como a criminalidade nas grandes cidades.
c) atinge milhões de habitantes, embora alguns deles não apareçam para a classe dominante.
d) tem razões históricas e se mantém em níveis estáveis nas últimas décadas.

Atividade de Interpretação de Texto 3° Ano - O Verbo for - 17/10 à 21/10

TEXTO PARA INTERPRETAÇÃO – O VERBO FOR
O VERBO FOR
Vestibular de verdade era no meu tempo. Já estou chegando, ou já cheguei, à altura da vida em que tudo de bom era no meu tempo; meu e dos outros coroas (…)
O vestibular de Direito a que me submeti, na velha Faculdade de Direito da Bahia, tinha só quatro matérias: português, latim, francês ou inglês, e sociologia, sendo que esta não constava dos currículos do curso secundário e a gente tinha que se virar por fora. Nada de cruzinhas, múltipla escolha ou matérias que não interessassem diretamente à carreira. Tudo escrito ruibarbosianamente quando possível, com citações decoradas, preferivelmente (…)
Quis o irônico destino, uns anos mais tarde, que eu fosse professor da Escola de Administração da Universidade Federal da Bahia e me designassem para a banca de português, com prova oral e tudo. Eu tinha fama de professor carrasco, que até hoje considero injustíssima, e ficava muito incomodado com aqueles rapazes e moças pálidos e trêmulos diante de mim. Uma certa vez, chegou um sem o menor sinal de nervosismo, muito elegante, paletó, gravata e abotoaduras vistosas. A prova oral era bestíssima. Mandava o candidato ler umas dez linhas em voz alta (sim, porque alguns não sabiam ler) e depois se perguntava o que queria dizer uma palavra trivial ou outra, qual era o plural de outra e assim por diante.
Esse mal sabia ler, mas não perdia a pose. Não acertou a responder nada. Então, eu, carrasco fictício, peguei no texto uma frase em que a palavra “for” tanto podia ser do verbo “ser” quanto do verbo “ir”. Pronto, pensei. Se ele distinguir qual é o verbo, considero-o um gênio, dou quatro, ele passa e seja o que Deus quiser.
– Esse “for” aí, que verbo é esse?
Ele considerou a frase longamente, como se eu estivesse pedindo que resolvesse a quadratura do círculo, depois ajeitou as abotoaduras e me encarou sorridente.
– Verbo for.
– Verbo o quê?
– Verbo for.
– Conjugue aí o presente do indicativo desse verbo.
– Eu fonho, tu fões, ele fõe – recitou ele impávido. – Nós fomos, vós fondes, eles fõem.
Não, dessa vez ele não passou. Mas, se perseverou, deve ter acabado passando e hoje há de estar num posto qualquer do Ministério da Administração ou na equipe econômica, ou ainda aposentado como marajá, ou as três coisas. Vestibular, no meu tempo, era muito mais divertido do que hoje e, nos dias que correm, devidamente diplomado, ele deve estar fondo para quebrar. Fões tu? Com quase toda a certeza, não. Eu tampouco fonho. Mas ele fõe.
(João Ubaldo Ribeiro, publicado no jornal O Estado de São Paulo, em 23/09/1998)
Responda às questões relativas ao texto:
1. O narrador cria uma palavra nova do segundo parágrafo, a partir do nome de um político e escritor do século XIX. Ficou conhecido pelo esmero com que tratava a língua portuguesa em seus discursos. Destaque a palavra e informe qual é o nome do político a que o escritor se refere.
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2. A partir do texto, o que se pode deduzir sobre o conhecimento do candidato a respeito de verbos?
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3. Pela forma como o candidato conjugou o verbo solicitado, que verbo ele tomou como modelo?
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4. Pode-se perceber que o narrador termina o texto de forma irônica ao criticar a política ou certos políticos. Em que consiste essa crítica?
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Atividade de Interpretação te Texto 2° e 3° ano - Repórter Policial - 17/10 à 21/10

TEXTO PARA INTERPRETAÇÃO  – REPÓRTER POLICIAL
Repórter Policial
O repórter policial, tal como o locutor esportivo, é um camarada que fala uma língua especial, imposta pela contingência: quanto mais cororoca, melhor. Assim como o locutor esportivo jamais chamou nada pelo nome comum, assim também o repórter policial é um entortado literário. Nessa classe, os que se prezam nunca chamariam um hospital de hospital. De jeito nenhum. É nosocômio. Nunca, em tempo algum, qualquer vítima de atropelamento, tentativa de morte, conflito, briga ou simples indisposição intestinal foi parar num hospital. Só vai para o nosocômio.
E assim sucessivamente. Qualquer cidadão que vai à Polícia prestar declarações que possam ajudá-la numa diligência (apelido que eles puseram no ato de investigar), é logo apelidada de testemunha-chave. Suspeito é Mister X, advogado é causídico, soldado é militar, marinheiro é naval, copeira é doméstica e, conforme esteja deitada, a vítima de um crime – de costas ou de barriga pra baixo – fica numa destas duas incômodas posições: decúbito dorsal ou decúbito ventral.
Num crime descrito pela imprensa sangrenta, a vítima nunca se vestiu. A vítima trajava. Todo mundo se veste… mas, basta virar vítima de crime, que a rapaziada sadia ignora o verbo comum e mete lá: “A vítima traja terno azul e gravata do mesmo tom”. Eis, portanto, que é preciso estar acostumado ao “métier” para morar no noticiário policial. Como os locutores esportivos, a Delegacia do Imposto de Renda, os guardas de trânsito, as mulheres dos outros, os repórteres policiais nasceram para complicar a vida da gente. Se um porco morde a perna de um caixeiro de uma dessas casas da banha, por exemplo, é batata… a manchete no dia seguinte tá lá: “Suíno atacou comerciário”.
(Stanislaw Ponte Preta)
Marque a única opção correta de acordo com o texto:
1. De acordo com o narrador, o repórter policial é um “entortado literário” porque:
a. ( ) escreve como os bons autores da nossa língua
b. ( ) acredita que a literatura consiste no emprego de termos pouco comuns
c. ( ) corrige as expressões de gíria e os inconvenientes da língua falada
d. ( ) inventa palavras que nunca existiram
e. ( ) facilita, com sua simplicidade, a compreensão da notícia
2. “Nunca, em tempo algum, qualquer vítima de atropelamento, tentativa de morte, conflito, briga ou simples indisposição intestinal foi parar num hospital”. Esta afirmativa do narrador, no contexto, dá a entender que:
a. ( ) a vítima prefere ficar no anonimato
b. ( ) pessoas envolvidas em ocorrência policial procuram medicar-se por conta própria.
c. ( ) poucos vão para um hospital para não serem importunados por repórteres
d. ( ) os repórteres policiais raramente usam o termo “hospital”
e. ( ) os repórteres policiais deturpam a realidade
3. As manchetes de reportagem policial, segundo se depreende do texto, costumam ser:
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Atividade de Interpretação de Texto 1° e 2° Ano 17/10 à 21/10 Ingratidão

Atividade de Interpretação de Texto 1° e 2° Ano 17/10 à 21/10 Ingratidão
INGRATIDÃO
Nunca mais me esqueci!… Eu era criança
E em meu velho quintal, ao sol-nascente,
Plantei, com minha mão ingênua e mansa,
Uma linda amendoeira adolescente.
Era a mais rútila e íntima esperança…
Cresceu… cresceu… e, aos poucos, suavemente,
Pendeu os ramos sobre um muro em frente
E foi frutificar na vizinhança…
Daí por diante, a vida inteira,
Todas as grandes árvores que em minhas
Terras, num sonho esplêndido, semeio,
Como aquela magnífica amendoeira.
E florescem em chácaras vizinhas
E vão dar frutos no pomar alheio…
responda:
1 - “As grandes árvores” que o poeta “semeia” são:
a. ( ) as árvores enormes que ele planta mas que dão frutos para os vizinhos.
b. ( ) os grandes sonhos que ele começa a realizar, mas cujos resultados vão beneficiar outras pessoas e não a ele.
c. ( ) os desejos do poeta que não se realizam.
2 - Por que o poema se chama “Ingratidão”?
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